terça-feira, maio 02, 2006

DESCULPA...


"A amizade penetra nos menores detalhes da nossa vida, o que torna frequentes as ocasiões de ofensas e melindres: o sábio deve evitá-las, destruí-las ou suportá-las quando necessário for. A única ocasião em que não devemos deixar de ofender um amigo, é quando se trata de lhe dizer a verdade e de lhe provar assim a nossa fidelidade. Porque não devemos deixar de sobreavisar os nossos amigos, ainda quando se trate de os repreender. E nós mesmos devemos levar isto em boa vontade, quando tais repreensões são ditadas pelo bem querer. Todavia, sou forçado a confessá-lo, como disse o nosso Terêncio no seu Adriana: «A benevolência gera a amizade; a verdade, o ódio». Sem dúvida a verdade é molesta se produz o ódio, este veneno da amizade. Mas a magnanimidade é-o ainda mais, porque para a indulgência culpável, pelas faltas de um amigo, ela deixa-o precipitar-se nas suas ruínas. Mas a falta mais grave é a que despreza a verdade e se deixa conduzir ao mal pela adulação. Este ponto reclama toda a nossa vigilância e atenção. Afastemos o ácido das nossas advertências, a injúria dos nossos reproches; que a nossa complacência (sirvo-me voluntário da expressão de Terêncio) seja farta de urbanidade; mas longe da nossa baixa adulação, este auxiliar indigno de um amigo e mesmo de um homem livre. Lembremo-nos que se vive com um amigo diferentemente de como se vive com um tirano.

Quanto àquele cujos ouvidos se fecharam à verdade ao ponto de não entender mesmo a boca do amigo, é preciso desesperar da sua salvação. Conhece-se a frase de Catão que, entre outras, ficou proverbial: «A amargura dos nossos inimigos, serve-nos bem mais que a doçura dos nossos amigos: aqueles dizem-nos quase sempre a verdade; estes, jamais». O que lia de desarrazoado é que os amigos que se advertem não se encolerizem do que deve causar-lhes pena, e o façam ao contrário do que deve não lhes causar henhuma. Em lugar de se encolerizar de haver mal agido, eles o são de ser repreendidos. Enquanto que, ao contrário, eles deveriam afligir-se da falta e alegrar-se da censura. "
Marcus Cícero, in 'Diálogo sobre a Amizade'
Não foram estas palavras que me fizeram mudar de opinião... mas são possuidoras de uma racionalidade que me escapou...
Sim, devo-te um pedido de DESCULPA. A intenção era boa, eu sei, nunca duvidei disso, mas há coisas como o orgulho, como a fraqueza humana, que escondem a razão, a coerência...no outro dia, perdi estas duas coisas...DESCULPA.

6 comentários:

Anónimo disse...

"When you're down and troubled
and you need a helping hand
and nothing,oh, nothing is going right.
Close your eyes and think of me
and soon I will be there
to brighten up even your darkest night
you just call out my name
and you know wherever I am
I'll come running, oh yeah baby
to see you again.
Winter, spring, summer, or fall,
all you've got to do is call
and I'll be there, yeah, yeah, yeah.
You've got a friend."

Para todas as ocasioes - tou aqui!!!
Vê lá tu q este vai ser o meu primeiro comment anónimo! Uau!! Q emoção!! Um beijo muito grande!!

Anónimo disse...

I will call, podes ter a certeza disso.

"Enquanto houver um sorriso(...)
enquanto houver companhia
nos avessos do caminho
enquanto houver um disparo
que rompa um silêncio vão
enquanto o tempo doer
ao escorregar-nos das mãos
e trocarmos a desculpa
pela culpa da verdade
podem rasgar-nos a alma
que há-de sobrar-nos vontade".

Adorei o teu comentário, muito mesmo.
Um Beijo Muito Grande
Mary

Anónimo disse...

ouve lá ó Mary,,,,,
voçês andam todas na Menopausa, dificuldades com o período menstrual ???
Poça o ambiente nos vossos Blog´s anda de cortar à faca...
Beijos e animem-se.
LFilipe

Paula disse...

É no que dá viajares sem aviso prévio!
Pá próxima fazes as coisas como deve ser e pode ser q encontres isto melhorzinho qdo voltares!!!
(sim sim eu tou em todas ahahah)
Beijocas

Anónimo disse...

Poça não sabia que a culpa era minha......
Peço desculpa ás meninas TODAaaaaaaaaaS....
beijos
LFilipe

Anónimo disse...

Mary....para quando um novo post!????

Não te estou a perceber!

Beijos

Xaninha